Ateu/Cético, por quê?

Escrevo este texto em resposta ao meu amigo Janderson, que contribuiu sobremaneira com seus comentários para o debate ainda em curso no post anterior (https://alexrnbr.wordpress.com/2010/01/28/quando-acaba-o-debate/). Em determinado momento em um de seus comentários vem a pergunta que eu já vinha esperando, mais cedo ou mais tarde de algum leitor: “poderia por favor contar- me o que te levou a este ceticismo!? Quais as bases científicas e pessoias que te levaram a esta opção de vida!?”

Vamos lá.

Por que, em determinado momento de minha vida, tornei-me ateu/cético? Antes de mais nada, gostaria de esclarecer que não considero que eu tenha “me tornado” ateu/cético. Na verdade, acredito que eu tenha chegado à conclusão de que sou ateu/cético. Há uma diferença aí. E o caminho intelectual pra que isso ocorresse foi longo e prazeroso.

Antes, já vou dizendo que nunca acreditei em religiões politeístas, atuais ou antigas, então não vou descrever por que não acredito na existência de Zeus, Apolo, Atena, Amon-Rá, Ozíris, Shiva, Ganesha, Odin, Thor, Tupã, etc.

Primeiro, vamos contextualizar.  Nasci em uma família fracamente católica, ou seja, galera aki acredita na existência de um determinado deus (o mais famoso do ocidente, que atende pelo mais popular nome de.. Deus). Fui batizado na ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana), porém, a turma aki nunca foi de frequentar igrejas para missas e afins. Igreja mesmo só casamentos, batizados, missas de 7º dia… Desde minha pré-adolescência, certos dogmas da ICAR simplesmente não me convenciam pela simples falta de lógica, por exemplo, a lenda da criação do mundo e da vida, a lenda do dilúvio, Deus falando com as pessoas (tipo Abraão, Noé e Moisés), assassinato em massa (inclusive infanticídio em massa) realizado por Deus ou a mando dele, politeísmo disfarçado (3 deuses em 1), espírito fecundando uma mulher, parto em uma virgem, poder de santos e anjos e outras figuras mitológicas. Assim, a primeira crença a cair foi nas lendas que eu conhecia da Bíblia. Parte da culpa reside na fixação que eu já tinha por revistas de “divulgação científica” (Natonal Geografic, Superinteressante) e aquelas coleções tipo mini-enciclopédia para jovens.

Pois bem, mas ainda assim eu seguia, hj em dia acredito que por inércia, com a crença na existência de Deus. Fiz a tal primeira comunhão já meio velho (com 15 anos, putz!!!!!!), empurrado pelos meus pais (fazer o que, né? Eles que pagavam minhas contas). Essa experiência me afastou ainda mais de qq tipo de religião institucionalizada, porém permitu que eu conhecesse de alguma forma os argumentos a mim apresentados pela ICAR. Não me convenceram. Assim, continuava em meu caminho, acreditando na existência de Deus, mas agora já questionando outros adjetivos a ele atribuídos, como a onipotência, a onisciência e a onipresença… isso sempre me pareceu meio forçado.

Mais tarde, passei a ter contato com outros grupos religiosos, como por exemplo, o espiritismo, e passei a ler muita coisa sobre o assunto… mas aí, eu já tinha um grande conhecimento acumulado que já me permitia refletir mais profundamente sobre as coisas que lia. Dessa forma, até pouco tempo atrás, se qq pessoa me perguntasse, eu diria que acreditava em Deus, em vida após a morte (embora ainda não tinha decidido em qual delas acreditar, na versão ‘clássica’ ou na versão ‘reencarnatória’), em algo a mais do que o universo físico. Mas não pensava muito sobre isso.

Até que começaram a surgir alguns pop-ups na minha mente. Percebi que a existência de deuses não é necessária para explicar a origem do universo ou da vida neste planeta (obviamente percebi isso por meio de muita leitura X reflexão); Percebi que não é necessária a existência de deuses para explicar como a vida evoluiu na Terra (novamente, leitura X reflexão); Percebi que não é necesário a existência de deuses para explicar o porquê de o homem ter inteligência; Percebi que não há nada (pelo menos até agora) que me convença ou prove de que existe vida após a morte, ou que temos uma alma ou espírito habitando nossos corpos (muita leitura X reflexão); Percebi que não existem provas consistentes de atividade paranormal que resistam a um exame imparcial e cuidadoso; Percebi que nehum sentimento que brota de mim precisa de um ser superior para existir; Percebi que acreditar por acreditar, sem evidências consistentes, sem reflexão crítica, sem motivos lógicos, simplesmente não satisfazia minha curiosidade, minhas reflexões, minha mente, minha inteligência. Portanto, caíram por terra quaiquer resquícios de crença que eu ainda tnha em conceitos como ‘deus’, ‘anjos’, ‘demônios’, ‘algo maior’, ‘ser supremo’, ‘alma’, ‘espíritos’, etc. Para que eu me convença de algo, deve haver evidências que justifiquem tal postura.

Consequentemente, caro amigo Janderson e caors leitores, foi como se eu me fizesse extamente a pergunta oposta ao título deste texto. Ao invés de refletir por que eu deveria ser ateu/cético, eu me fiz o seguinte questionamento:

Por que eu NÃO sou ateu/cético?

Estou procurando a resposta até hoje… Parafraseando Carl Sagan, minha mente está aberta, mas não aberta a ponto de meu cérebro escorrer para fora da minha cabeça.

42 Respostas para “Ateu/Cético, por quê?

  1. Alex, obg pelo texto tão bem elaborado e explicado…apesar de vc ter me decepcionado um pouco em suas explicações pois achei as mesmas um tanto vagas….simples……
    Acho sim que ao decorrer das idéias compartilhadas poderei te mostrar que acreditar em Deus não é acreditar no sobrenatural (isto é consequência). Que acreditar em Deus realmente não é para todos (pois alguns já são espiritualmente completos por Ele). que ser cristão (como vc disse ter sido de uma maneira…digamos…forçada, não é acreditar em milagres, prodígios, etc, etc) é um estilo de vida que busca a paz entre os seres e a terra através do amor (de todos os tipos). Tentarei expor um conceito bacana de onipresença, onipotência…etc..etc…e até mesmo um conceito legal de ser ateu. A questão de existencia de anjos, dêmonios e coisas do gênero sinceramente, acho que estrapola, a princípio, a discurssão. Se existe céu…inferno…vamos tb expor algumas idéias.
    Vou sempre questioná- lo…às vezes só esperando um simples ‘sim’ ou ‘não'(onde deixarei claro que será uma destas duas arfimações, ok!?) Outras vezes, requererei de vc respostas melhor elaboradas, sinceramente com mais detalhes que o texto acima.
    Tentarei, através de conclusões científicas demonstrar que Jesus foi sobrenatural mesmo se não tivesse realizado nenhum ‘milagre’ na terra (muitos dos quais tb duvido).
    A questão da origem do mundo..rsrsr.o meu amigo…é óbvio que não é para ser interpretado ao pé da letra…rsrsr assim como último livro da bíblia.
    Não preciso perguntar a vc se o Jesus (homem, carne, histórico) existiu pois se vc acreditq que o homem Jesus não existiu vc estará sendo contraditório aos fatos históricos (que é fruto de exaustivos trabalhos cientificamente comprovados). Pode não ter sido, na visão de ateus, sobrenatural, mas que existiu não a dúvidas históricas disso.
    Lá vamos nós então….
    na faculdade…em fisiologia, bioquimica (eca!!), aprendemos que nossas células funcionam através de energia produzida pela mitocondrias certo? Aprendemps que esta energia (os atp’s da vida) produzida ‘alimenta a troca de íons positivos e negativos (bomba de sódio/potássio) que por sua vez, fazem nervos, músculos, etc, etc, funcionarem em perfeita (porém frágil) harmonia. Podemos deduzir daí que nosso corpo (cérebro e músculos) só existe porque produzimos energia elétrica (lembra da mudança de pólos +/- na física!?). À partir desta conclusão científica, podemos abranger que todo ser vivo, seja animal ou vegetal, é energia acumulada que se Transforma (Lei de Lavosier) em qualquer outro tipo de energia quando morremos.
    Pois bem, através das leis da física, sabemos tb que todo organismo, seja uma sociedade complexa até ao seu nível sub- atômico tende ao equilíbrio certo!?
    Pois bem, até agora foi monótona as colocações mas, para análise científica, os pormenores é que nos levarão à s descorbertas maiores.
    Vc já imaginou Deus como sendo nada mais, nada menos do que toda esta energia (elétrica, gravitacional, térmica, etc, etc) que tende a nos levar à um equilíbrio!? Seria pelo menos razoável pensar desta forma!? Veja bem…não estou te perguntando se vc acredita desta forma ou não…estou te perguntando se, cientificamente, seria razoável se pensar em um equílibrio de todas estas energias e se a resposta for sim..se posso chamar este ‘equilibrio’ de todas as energias a princípio de deus. SIM ou NÃO. Lembre- se… é apenas SIM ou NÃO. Haverá espaço para suas dúvidas se sua resposta for SIm mais para frente. Agora se for NÃO…quero uma comprovação científica da sua parte para me desacreditar desta …digamos…definição para Deus….
    Pense bem antes de responder (tenho certeza que aquele sorriso de menino travesso esta em seu rosto neste momento…rsrsrs).
    OBS= esta frase De Carl Sagan…cara…sei lá… não é muito legal não….. se sua mente está aberta é porque vc não se sente satisfeito com o que tem disponível sobre qualquer idéia proposta e este ‘negócio” de ‘cérebro escorer para fora da cabeça’ significa nada mais nada menos do que interromper toda produção de idéias e pensamentos e consequentemente, de produzir dúvidas tb…reveja esta frase…acho que vc pode se basear em algo mais cientificamente ……filosófico…rsrsr abração…
    Respeitosamente…
    janjão

    • Janderson,

      Como vc já deve estar esperando, obviamente não vou responder a essa pergunta com um simples monossílabo, meu caro.

      Vc lembrou bem da fisiologia e da bioquímica (eca!!)², realmente, em termos bem simples, nossas células funcionam “motorizadas” pelos atp’s produzidos nas mitocôndrias (ou cloroplastos nos vegetais, ou outro mecanismo nas bactérias). Bom, mas aí exponho uma pequena discordância. vc escreveu que “Podemos deduzir daí que nosso corpo (cérebro e músculos) só existe porque produzimos energia elétrica”. Discordo. Entendo que nosso corpo só funciona porque produzimos energia elétrica. É diferente. Porém, na continuação do raciocínio parece que concordamos, pois sabemos que nosso corpo é formado por substâncias químicas e elementos extremamente complexos que interagem por meio de ligações químicas, que em última instância tb têm energia envolvida (olha aí a energia de novo). E se considerarmos a famosa equação da Teoria da Relatividade (E=mc²), podemos extrapolar e dizer que certa quantidade de massa (formada por partículas subatômicas em interação) possui, realmente, uma energia latente, acumulada. Assim, entendo ser correto o raciocínio de que a massa (total de partículas subatômicas daquele ser que morre, por ex.) é constantemente transferida de um outro local para outro (por ex: viramos adubo qdo morremos), e pela correspondência massa X energia, sua ‘energia latente’ tb é transferida. Além disso, sabemos que estamos aí, imersos em diversas Forças (eletro-magnetismo, nuclear forte, nuclear fraca, gravitacional, térmica, etc) em constante interação. E, pelo pouco que conheço das leis da física (clássica, relativística e quântica), concordo que o universo tenda a um equilíbrio de suas forças, caso contrário a própria existência de estrelas e planetas não seria possível.

      Chego agora à sua pergunta: “Vc já imaginou Deus como sendo nada mais, nada menos do que toda esta energia (elétrica, gravitacional, térmica, etc, etc) que tende a nos levar à um equilíbrio!? Seria pelo menos razoável pensar desta forma!?”

      Já imaginei essa possibilidade sim (foi o último estágio antes do ateísmo), inclusive essa visão de ‘deus’ citada por vc é a mesma utilizada por milhares de físicos, matemáticos, biólogos, cientistas diversos, pessoas comuns, etc ao redor do mundo. E minha resposta a vc será mais agnóstica do que propriamente cética: imagino que não há como provar (além de qualquer dúvida razoável) se isso o que chamei(amos) de ‘equilíbrio do universo’ é ‘deus’ ou se é ‘apenas’ equilíbrio de forças, determinado pela própria características de cada uma delas. Portanto, poder chamar de ‘deus’, vc pode. Assim como eu posso chamar de ‘equilíbrio natural das forças’. Assim, pelo menos por enquanto, acredito não ser capaz de desacreditar com fatos concretos sua afirmação, mas tb duvido que seja possível comprová-la (ta aí um bom desafio)…

      • Alex…vc rodou…rodou…e acabou respondendo que si meu caro…que seja possível sim…mas que não há comprovação….bastaria o SIM….o resto esperava que vc sabia que eu sabia…rsrsrsr…..em relação à confusão da produção energética no corpo, agradeço a correção…já se vai alguns anos né..espero não ter perdido sua credibilidade por isso. rsrsrsr. de tudo falado em sua resposta, o mais proveitoso para mim foi extrair de vc as palavras ‘foi o último estágio antes do ateísmo’. Daqui tiro minha conclusão sobre vc. Vc sabe definir melhor do que muitos que até então eu conheço o que seja Deus mas está simplesmente está abolindo, de uma maneira espantosa, a FÉ do âmbito a que ela mais se presta…na esperança. Deus é transcendental (acima de todas as coisas…uma união de todas as forças e energias) que tem por finalidade chegar ao equilíbrio. Vc sabe disso mas espera chegar ao inimaginável para qualquer ser humano que é entender estas forças….
        mas se vc permirtir- se acreditar que estas forças pode ser chamada de deus enquanto debatemos, talvez consigamos chegar em algum lugar. Existe alex um ditado interessante que diz que a fé ri das impossibilidades…e Deus, com d maiúsculo, mora nas impossibilidades…..
        se vc quiser…continuaremos nossas conversas pois o crescimento é mútuo.
        “Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita… nos aproxima”
        Pasteur
        Abração

  2. Olha quem sou eu para escrever um texto bem feito e cheio de profundas reflexões, como meus amigos Alex e Janjão, mas deixarei aqui minhas singelas palavras e relatos pessoais acerca do tema.
    Eu em minha experiência pessoal acerca da fé e de Deus, aprendi a enxergar Deus em todas as coisas e a amá-lo em todas as coisas e não sobre todas as coisas como manda o primeiro mandamento – mais ou menos seguindo a linha de raciocínio do nosso amigo Janjão – para mim basta olhar para a imensidão celeste em uma noite estrelada e saber que aquilo q vejo é só uma ínfima parte daquilo q é a obra-prima da criacão divina q é o universo. Contemplando o brilho das estrelas, sinto, e “vejo” a assinatura de Deus em sua criação.
    Sou espírita e como vc teve contato com a doutrina Alex, acho q vc sabe q a primeira pergunta q Allan Kardec faz a espiritualidade no Livro dos Espíritos é: O que é Deus?
    E a espiritualidade responde dizendo : Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Portanto é o ser mais inteligente existente nesse universo e tudo q existe nele seja físico, extra-físico, material, espiritual etc…. tudo promana dele.
    Não sei quais os tipos de livros q vc leu a respeito da doutrina espírita, pois existem muitos livros q são romances em que na minha humilde opinião prestam um desfavor a doutrina por serem tipo “contos de fadas” ou “contos da carochinha”, prefiro os de cunho científico, tipo as cinco obras básicas da codificação espírita, escritos por Allan Kardec.
    Como vcs meus amigos sou muito questionador, não acredito em tudo o que você falou a respeito da bíblia meu caro amigo Alex. Vc conhece o mito de Prometeu e Pandora da mitologia grega? Se não procure ler a respeito e veja se vê uma semelhança com uma estória q conhecemos e ouvimos desde pequeninos. Se sim acho q vc sabe do que estou falando né??? rs rs rs
    Não vejo a bíblia como a “palavra de Deus” como alguns companheiros nossos de jornada terrena enxergam.
    Vejo a bíblia – principalmente o velho testamento – como um livro histórico, o livro das reminiscências do povo judeu (o primeiro povo a crer em um único Deus, daí sua forte influência nas outras religiões monoteístas) onde se apresentam registrados ali suas histórias, suas lutas e batalhas e assim como em toda civilização, seus mitos e lendas. Sinceramente… vejo pouca coisa de proveitosa ali no Velho Testamento, onde um Deus se ira, se zanga, mata, manda matar em seu nome, enfim tem todos os defeitos de um homem comum como nós, logo ele q é a supremacia e é perfeito!!!!
    Já o novo testamento para mim é um pouco mais proveitoso, pois é nele q aparece Jesus e suas belíssimas e valiosas lições, dentre elas q Deus é bom, justo e misericordioso. É certo (e isso já está mais q provado científicamente e historicamente) que os textos foram mexidos, alterados ao longo da história (principalmente o novo testamento) de acordo com interesse dos “homens da igreja”, mas a essência de belos ensinamentos ainda estão lá.
    Eu acredito em um Deus bondoso, caridoso, justo e misericordioso e eu o encontrei e o compreendi da minha maneira, no espiritismo (Deus está em todos os lugares e religiões cada um o compreende e acredita nele como quer, afinal de contas temos nosso livre-arbítrio, ou seja somos livres para fazermos nossas escolhas) onde aprendi q a nossa fé tem que ser raciocinada, em outras palavras temos que saber explicar em que acreditamos e por que acreditamos. No espiritismo compreendi o porque das nossas difertenças (riqueza e pobreza, saúde e doença, feiura e beleza).
    Pois tudo obedece a uma lei natural de Deus: A Lei de causa e efeito (todo efeito tem uma causa e toda causa gera um efeito) q Newton brilhantemente comprovou na ciência e a chamou de Ação e Reação.
    Vejo a beleza da obra q Deus nos legou q é esse planeta maravilhoso em que vivemos e aprendemos a cada dia.
    “A beleza está nos olhos de quem vê”.

    Acredito q Deus é pai e não é padrasto!!!!!!!

    Meus sinceros e cordiais abraços a vcs, meus caros amigos e que Deus os abençoe hj e sempre.

    • Prezado amigo Marco Antonio, tá sumido!!!

      Antes, só deixar claro mais uma vez que meu objetivo não é convencer nem ser convencido… é somente debater. E seus texto tem bem essa linha de debate que me agrada.

      Bom, respondendo algumas perguntas suas, tive contato com espiritismo por meio do Livro dos Espíritos, do Evangelho segundo o Espiritismo e um pouco do Livro dos Médiuns. Mas não os considero livros de ‘cunho científico’, como vc fez em seu texto. Assim como qq texto religioso, há diversos ensinamentos que valem a pena ser estudados e seguidos a fundo, embora discorde sobre a fonte de tais ensinamentos. E respondendo a sua pergunta sobre Prometeu e Pandora, conheço sim um pouco da mitologia grega (bem como um pouco da egípicia, um pouco da nórdica, um pouco da hebraica/cristã/islâmica, estas últimas têm raízes em comum), portanto sei do que vc está falando acerca das ‘coincidências’ no teor das lendas, rs. Achei suas considerações sobre o Velho e o Novo Testamento bem ponderadas e sóbrias, no geral concordo bem com elas, só discordo sobre a existência de um determinado deus. Agora, utilizar as leis de Newton para ‘comprovar’ uma alegação espiritual/religiosa/filosófica não acho que procede…

      E realmente “A beleza está nos olhos de quem vê”., eu, por exemplo, vejo 13,7 bilhões de anos de evolução de estrelas, planetas, buracos negros, supernovas, nebulosas, sem a necessidade de um ‘ser inteligente criador’… que, afinal, foi criado por quem?

  3. Fala Marcão!!!?? Quanto tempo cara!!!
    Olha cara, a primeira coisa que gostaria de enfatizar é que os dez mandamentos tem sua tradução do hebraico instrumental praticamente inalterada. Ou seja, há um CONTEXTO em relação ao TEXTO que vc não pode deixar de analisar senão até mesmo livros escritos a poucos anos serão interpretados de maneira muito subjetiva.
    Segundo, o Deus do velho testamento é um Deus de amor, de paz mas principalmente justo…e , novamente, tente entender o contexto da época para refletir melhor sobre a sabedoria e os ensinamentos deste livro.
    com relação ao espiitismo…absolutamente nada contra meu amigo… é uma filosofia linda principalmente na questão de ajuda ao próximo mas, todos…ABSOLUTAMENTE TODOS os evangelhos espíritas e os estudos dos mesmos foram tirados do mesmo livro histórico que é a Septuaginta, ou seja, é apenas uma maneira diferente, que tem que ser respeitada por todos.
    Outra coisa tb foi que eu acho que vc não compreendeu bem é que eu ainda não dei minha definição do que acho que possa ser Deus. estou apenas tentando seguir, a princípio, um raciocínio lógico com nosso amigo Alex para ver se o mesmo consiga compreender este ponto de vista (não que ele o aceite para sua vida mas pelo menos que ele veja lógica no raciocínio).
    Fica um abraço meu velho…….

  4. É Janjão,

    sabia que essa era a resposta que vc esperava de mim, como eu disse, sabia que vc sabia que eu não iria mandar um simples monossílabo sem maiores reflexões.

    E pq do meu sim à sua pergunta? Ora, diferentemente do que considero como lendas e fantasias sustentadas por grande parte das pessoas, desde que não haja refutação, a possibilidade de chamar de deus o conjunto de forças que rege o universo é uma hipóteses tão lógica (ou tão absurda) quanto chamar esse conjunto de forças de… conjunto de forças. Tudo depende do ponto de vista de quem está falando.

    E convenhamos, como eu poderia dizer não, se a dificuldade de provar a inexistência de algo tão complexo é extremamente maior do que a de provar a existência desse algo? Não vou usar este argumento com vc, pois tenho certeza que sua inteligencia vai muito além e não merece algo tão rasteiro, mas vc poderia provar que não existe um unicórnio rosa invisível e indetectável ditando este texto no meu ouvido exatamente neste momento? Difícil provar tal inexistência…

    Apesar do meu sim a sua pergunta, continuo achando que as forças da física, as leis da mecânica clássica e quantica, as leis da física relativística, os teoremas matemáticos, a evolução pela seleção natural, etc são fatos inerentes ao nosso universo, que nos permitem existir e questionar tudo o que questionamos. Nada mais, nada menos. E discordo, respeitosamente, qdo vc diz que estou definindo Deus (ver frase anterior) e que espero chegar ao inimaginável ao entender todas essas forças… longe de mim isso, não acho que tenha a capacidade mental para tanto (isso é coisa pra gente como Einstein, Hawking, Sagan, etc, e nem eles conseguiram).

    Agora minha vez de te perguntar. Na sua visão, exatamente o que significaria dizer que o conjunto de leis, teoremas, forças que rege o universo é deus (ou Deus)? Vc não estaria apenas dando um nome a um fato do universo, qual seja, a existência de tais leis, teoremas, forças e seu equilíbrio? E mais, será que não seria tão ou mais provável presumir que existem, na verdade, vários deuses? Um para garantir o equilibrio do eletro-magnetismo, outro que ficasse responsável pela gravidade, mais um para manter em funcionamento as forças nucleares, e por aí vai…

  5. RSRSRSRSR…por quê todo baixinho é jogo duruo, Hein!?ssrsrsr. Cara a questão aqui está mais relacionada a ter ou não forças além do nosso conhecimento….. ou seja de forças sobrehumanas… Com relação aos cientistas citados á cima, o maior intuito de alguns dele e de outras centenas não foi o de desmistificar Deus mas sim apenas de chegar o mais próximo possível da compreensão D’Ele…
    Alex….esta definição de Deus é apenas uma de várias que eu possa te apresentar…fui por este caminho por achar que vc se baseia muito em fatos científicos para tentar se mostrar ateu (coisa que começo a achar que no seu sub- conscinte não é bem assim…rsrsrsr…vc é muito inteligente para isso). Com relação a ser monoteísta ou ploi….cara…tanto faz…..mas se for seguir esta linha de arciocínio que levantei fica mais fácil assumir uma postura monoteísta…pois o equilíbrio conseguido na união destas forças tende a dar qual valor absoluto resultante????……ZERO….. apenas ……..ZERO…..singular……entendeu!?
    Acho ter demonstrado uma visão bacana do assunto…no mínimo plausível…se vc tb tiver achado…ou seja, dado o braço a torcer.rrsrsr……ou pelo menos (vc é pário duro) ter, digamos, feito pensar de uma maneira um pouquinho diferente (nisso eu acreditdo pq sua reação à conversa já se tornou mais defensiva no momento—-psique humana é muito doidooooo…rsrrr).
    Quero de vc mais perguntas cara….quero suas indagações…suas inseguranças…. manda vê meu…
    OBS= Se quiser tb tentar definir Deus de uma maneira filsófica….nós encomenda uns baseado do brow e tb entremos nesta outra direção de raciocínio que verá que chegaremos ao mesmo ponto…rssr a história do baseado é pura brincadeira galera……até mesmo pq se fosse verdade…o brow fumaria tudo primeiro…kkkkkkkkkk
    abraço véio….

    • Janjão, The Giant,

      Agora vou começar a achar que vc fumou um… “o equilíbrio conseguido na união destas forças tende a dar qual valor absoluto resultante????……ZERO….. apenas ……..ZERO…..singular……entendeu!?” Caraca, mano… Zero=singular?? Pô, zero é zero, é nada.. singular é UM… acho que batizaram o que vc fumou, kkkkkkk

      Brincadeira (essa não podia perder, hehehe)!!!!!!

      Cara, meu ateísmo, hj em dia, está bem resolvido e relativamente consolidado (não baseado em fatos científicos somente, mas tb e, principlamente, no raciocínio científico). Porém, sempre em discussões como esta, desde que bem estimulado com argumentos expostos com encadeamento lógico plausível (como vc vem fazendo brilhantemente, na minha opinião), tomarei uma postura mais voltada para o agnosticismo, até por respeito à inteligencia dos debatedores.

      E pq? Bom, não sei se vc vai concordar comigo, mas partindo do pressuposto que a existência de um (ou mais) deus(es) seja uma hipótese, esta pode ser menos, tão ou mais provável do que a hipótese, igualmente válida, da não existência de um (ou mais) deus(es), obviamente que termos que retirar a FÉ do contexto pra uma análise mais imparcial. Alguns vão falar que a relação de probabilidades é 10-90, outros que é 50-50, outros que é 90-10. Alguns com mais argumentos plausíveis do que outros. E assim, discussões filosóficas riquíssimas podem emergir… como esta que estamos tendo (cara, imagina isso na beira de uma mesa de buteco com um chopp gelado e um prato de torresmo, kkkk).

      Mas, sintetizando, não vejo/sinto/ouço/percebo provas no mundo e no meu conhecimento acumulado para acreditar de que o universo é mais do que uma grande sopa de equações, constantes, fórmulas, interações, leis naturais, etc. Sem a necessidade de um criador, ou um observador, ou um cuidador, ou um nome para designar todo o equilíbrio do conjunto. Daí o fechamento do meu texto: Por que eu NÃO seria ateu/cético?

      E eu acho o universo, tal como o percebo, maravilhoso. Acho fenomenal saber que se a força nuclear forete tivesse um valor infimamente diferente, este universo não existiria como o conhecemos. Se a constante gravitacional fosse ligeiramente diferente, as estrelas talvez nmão chegassem a se formar e o universo seria um grande amontoado de átomos e particulas subatômicas dispersas. Sinto-me privilegiado em saber que se um cometa remanescente da formação do nosso Sistema Solar não tivesse colidido com a Terra há aprox. 65 milhões de anos, certamente n ão estaríamos alki hj discutindo esse assunto… A diferença é que não vejo/sinto/percebo motivos plausíveis para acerditar que um grande artífice tenha osquestrado tudo.

      Cara, poucas vezes (na verdade, acho q nenhuma) eu tive a oportunidade de debater esse tipo de assunto com alguém tão inteligente e com uma argumentação tão sólida quanto esses nossos em(de)bates… Foi uma grata surpresa. Valeu, mano!!!

      P.S: Não percebi em meu texto uma “reação à conversa mais defensiva”… mas o olhar da pessoa que escreve não é tão apurado qto o do leitor…

      Abração… e estamos aí à disposição pra mais, hehehehe

  6. desculpe o singular valeu…aho que o brow me vendeu coisa ruim….srsrsr..brincadeira galera…. sou chegado niso não…mas vamos simbora Alex…. pergunta meu… sei que alguma coisa a mais podemos aprender um com o outro…e talvez tenha usado a palavra defensiva de uma maneira pouco explicatória. O que qis dizer na realidade foi que vc ao fazer -me uma pergunta abriu leque para confrontamento mais direto de idéias entendeu!? Tipo…quero realmente houvir mais deste cara antes de continuar falando…ou seja …se defender conhecendo melhor o ‘inimigo’ sacou…. To esperando…

  7. OBS= ouvir com h foi foda galera…desculpa

  8. Bom, primeiramente gostaria de dizer que é um prazer conhecê-lo Alex. Mesmo que não pessoalmente, mas pelo seu blog que por sinal é interessante.

    Se não me engano, o Janderson já me falou de você uma vez e o elogiou bastante. Espero que um dia nos conhecamos e possamos debater sobre esta e outras questões interessantes. Porque afinal, não é tão fácil encontrar pessoas inteligentes para se conversar num tempo em que Big Brother é o tema principal das rodinhas.

    Bom, nem tinha a intenção de comentar aqui, até porque sei muito pouco sobre religiões e quase nada sobre química e o corpo humano. O Janderson me enviou um scrap no orkut me dizendo pra dar uma olhada neste blog e na discussão em si e eu vim. Ia responde-lo no scrap e quando vi ja estava quase mandando um texto pra ele. Resolvi, contudo, colocar o texto aqui, para que o Sr. Alex possa dizer o que pensa sobre o mesmo também.

    Sem mais delongas, eis o texto que ia enviar ao Janderson e agora compartilho com os senhores.

    “Li até a resposta do Alex sobre sua pergunta…

    Achei interessante o texto dele mas, assim como vc colocou, vago.

    Eu simplesmente parei de pensar nessas coisas por um tempo.

    Se existe Deus ok. Se não, ok também. Acho que independente do que for, eu não posso mudar nada a respeito.

    Porém existem coisas que acontecem que só me levam a pensar que existe sim um ser sobrenatural. Porém, não é o mesmo daquele livro escrito há alguns mil anos atrás e venerado até hoje.

    Portanto, já que não podemos ter uma certeza da existência do Deus propiamente dito, atenhamo-nos por hora a respeitar o próximo, a Terra e tentar amar mais as pessoas e fazer o bem.”

  9. Valeu Guilherme…..Só não parte pra ignorancia porque vc é grande demais cara…aí eu chamo meu guarda- lado Alex (pq esse negócio de homem guardar minhas costas não dá cara)
    Cara…já ia me esquecendo mas se vc se considera um ateu puro…esta contradizendo sua metodologia científica pois da mesma maneira que não se prova a existência de deus tb não dá para negá- la cientificamente. Vc, na minha opinião, esta mais para agnóstico com tendencias ao ateísmo até mesmo porque se vc se considerar ateu convicto estará através de uma análise mais “filosofante”(credo) simplesmente se dizendo ser um deus pois só deus poderia dizernser ou não a “força” que representa certo!?…uau…bati forte…esse bagulho do brow é dos bão mano…….rsrsrsrs. Esta definição de ateu foi proposta por um ex ateu, neuropsiquiatra, doutor conceituado na europa (mas é brasileiro), que tem sua tese baseada na maneira como é formado o pensamento e a personalidade humana (Inteligência Multifocal). Uma definição um tanto viajante mas tem seu fundamento….rsrsrsr

  10. CAra…lembra da confsão do singular!/rsrs Pois bem, pensando com meus tavesseiros esta noite cheguei a uma conclusão…que a palavra certa a ser usada é SINGULAR sim, mesmo porque uma das poucas coisas que se sabe universalmente é que viemos do nada…do zero e isto meu amigo…é singular….único.
    Já o um…rsrsr…existem vários uns……..que são por natureza sempre divisíveis por ele mesmo, ou seja são ímpares..o que é diferente. Se vc me disser que há vários zeros….tb concordo pq há várias interpretações para este..mas que chegam ao mesmo ponto…ao nada….
    ..Alex!?…..cade vc!?????…Eu vim aqui só pra te ver!!!!!!….retira isto…ficou muito gay….rsrsr

  11. Antes de mais nada, permitam-me fazer elegios coletivos. Todas os comentários que aki estão sendo escritos primam pelo respeito, pelo comedimento e pela coerência. E isso, meus caros debatedores, só enriquece a todos nós.

    Janjão… véi, joga esse trem q vc comprou fora.. teve tá cheio de orégano e estrume (kkkkkkkkkkk, pode falar, essa foi boa)… Bom, sua explanação sobre singular, zero, um, impar, viagem doida!!! Bem legal!!!
    Bom sua interpretação de “ateu puro”, concordo com vc que o termo é contraditório em si. Pois, acreditar, acima de qq dúvida razoável, que deus(es) não existe, seria algo bem parecido com a FÉ, pois carece de comprovação. Por isso que disse anteriormente (se nao disse, digo agora) que em qq discussão desse tipo, minha tendência será a de assumir uma postura mais agnóstica. Assim, concordo com vc qdo diz que estou mais para um agnóstico com tendências (fortes) ateístas, entretanto, se alguém me perguntar qual dos dois eu sou, me sinto mais honesto comigo mesmo repondendo que sou ateu… Mas minhas discussões, meu caro, serão sempre com um caráter mais agnostico, até em respeito à inteligência dos demais debatedores.

    Guilherme, posso estar errado, mas pelo o que vc escreveu, vc parece tomar uma atidude agnóstica sobre o assunto, estou certo? Fundamento esse meu pensamento na sua frase “Se existe Deus ok. Se não, ok também.”, corrija-me se eu estiver errado. Aparentemente, minha visão sobre tudo isso é diferente da sua em algumas poucas palavras, pois, pra mim NÃO existem coisas me levam a pensar que existe sim um ser sobrenatural; Viu? A diferença parece pequena, todavia tem enorme efeitos.
    Sobre o fechamento do seu texto “já que não podemos ter uma certeza da existência do Deus propiamente dito, atenhamo-nos por hora a respeitar o próximo, a Terra e tentar amar mais as pessoas e fazer o bem”; cara, quase perfeito!!! Se mais pessoas pensassem assim, muitos problemas da humanidade teriam fim… mas, permita-me realizar uma leve paráfrase:

    “Independentemente da existência ou não de deus(es), tenhamos, sempre, respeito a todo e qq ser vivo, ao universo, e tentemos amar mais as criaturas desse planeta (e de outros) e sempre procurar fazer o melhor pra todos”…

    Ficou mais abrangente, concorda? 🙂

    Valeu pelas contribuições galera!!! Acho que estamos todos crescendo com isso!!!

  12. Rsrrs.Amigo Alex….Vc disse novamente aquilo que eu esperava…já havia ficado muito muito bem esclarecido sua posição de agnóstico até mesmo por que eu tb pedi para vc se colocar nesta posição pois senão realmente ficaria inviável as trocas de idéia. meu caro…vc continua contrastando a sua própia metodologia. Ou muda ela ou muda sua posição sobre fé e sobre ateísmo pois, para ser ateu vc precisa ter FÉ para isto (coisa que vc teima em dizer que não tem) já que não há como comprovar, de acordo com sua metodologia, a inesistência de Deus.
    Fv recuar seus pensamentos um pouco e se estruturar novamente…..senão meu caro…não dá….rsrsrs
    Obs= rapaz….to achando que o bagulho tá cheio disso mesmo…como acertou???…To achando que foi vc que vendeu isso pro brow..rsrsr (pode falar….rsrsr…esta tb foi boa…kkkkkkkk)
    Com relação ao Guilerme (nem queira saber a força do cara amigo….rsrs….o cara parece um trator….)acho tb Alex que ele tb foi quase perfeito….
    To esperando uma posição mais…digamos….metodologicamente correta falou!?..
    Respeitosamente….com muito orgulho de tê- lo como amigo…
    jânderson Breder Gomes….ou janjão se preferir…tanto faz…sou bonito independente do nome…….rsrsrs

    • Grande amigo Janderson, tenho um conceito um pouco diferente do seu sobre fé.

      Entendo a fé como a crença na existência de algo sem que sejam necesárias evidencias para tal. Obviamente, que a ‘crença na não-existência’ tb pode ser interpretada como fé… mas não é a linha de raciocínio que eu sigo para definir o conceito de fé.

      Pra tentar ficar mais claro: na minha humilde, e talvez falha, opinão, ter fé é crer em algo (seja lá o que for) sem que hajam sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis que o fundamentem; e não crer nesse algo (ou crer na negativa do algo) significaria não ter fé nisso (e não ter fé na não existência)… Na verdade não sei se me fiz entender bem… deixo esse julgamento pra um olhar externo…

      Isso posto, retomo minha afirmação de que considero-me, sim, ateu. Mas para ter um debate produtivo, coloco-me em uma postura mais agnóstica, visando manter o fluxo de ideias da discussão.

      Cara, 1 relatórios pra fechar e 5 ofícios pra fazer aki… e discutir de forma inteligente, como estamos fazendo, ajuda-me a relaxar um pouco a cabeça… fico até mais produtivo aki no trampo, hehehe.

      Abração

  13. Fala Alex, ou melhor dizendo, Gabiru….. rs rs rs (rapaz já tinha até me esquecido q te chamava assim kkkkk) e Janjão… meus caros amigos!!!!!! Tô um pouco sumido mesmo, reconheço… mas quem é vivo sempre aparece…. rs rs rs

    Não sei se vcs compreenderam bem minha posição, que jamais em tempo algum seja de tentar convencer ou converter alguém …. rs rs rs

    NÃO quero q vcs acreditem no que eu acredito, simplesmente expus da maneira q compreendo e entendo, afinal de contas somos seres diferentes, com histórias de vidas diferentes, idéias e pensamentos diferentes, pois somos únicos.

    Quanto a interpretação e contexto da Bíblia, não quis passar a idéia de que não respeito tal livro, respeito sim pois ali tem muitos ensinamentos valorosos e preciosos, mas temos que saber enxergá-los e compreendê-los, não podemos levar em consideração a interpretação ao pé da letra de tais ensinamentos. E tb compreendo meus amigos o contexto em que foi escrito e talvez até mesmo que era daquela maneira que os homens compreendiam e interpretavam Deus (no velho Testamento), foi até uma maneira mais fácil a forma de “humanizar” Deus para q o homem tentasse compreender, entender um ser imaterial, invisível, etc…

    Respeito todas as opiniões, crenças e posições (o q ainda estou tentando “digerir” é o fanatismo religioso das religiões, q existem em todos os seguimentos, isso ainda me incomoda e muito… mas quem sabe eu não progrida e isso passe a não me incomodar).

    Quanto a usar Newton Alex eu quis dizer q a Lei de Ação e Reação se expande além da física, ela está presente em nossas vidas no cotidiano, bastamos observar um pouco mais atentamente (e olha q esse aprendizado tive com um professor de física meu quando o mesmo lecionou a aula da respectiva lei de Newton.)

    E para encerrar e refletirmos um pouco mais meus amigos o grande e sábio Albert Einstein disse que : “Deus não joga dados com o universo.”

    Ou seja, para que tudo isso q existe funcione perfeitamente e sincronizadamente não podemos duvidar da existência de um ser supremo q conduza tudo isso perfeitamente.

    Reitero a minha fala de que é meu ponto de vista!!!!! Rs rs rs rs

    Um gde abraço e estou tomando gosto em debater com vc meus amigos… e paro para pensar quanto tempo as vezes perdemos na faculdade hein? Imagina a gente tendo esse debate pessoalmente q maravilha q seria hein???

    Até mais….

    • Fala Tião, ops, Marco… hehehehe

      Cara, pode ficar tranquilo que no seu comentário ficou claro sim o seu respeito às outras opiniões e crenças que não a sua. E tb sei que não é seu objetivo convencer ou ser convencido. E é por isso que esse debate tá fluindo harmoniozamente. Fluidez esta que tb está sendo alimentada pela inteligencia das argumentações, pois até agora ninguém ousou mencionar o mundo e o homemsendo criados há 6mil anos atras, nem Noé construindo uma arca pra sobreviver a um dilúvio de 40 dias e noites, dentre outras lendas, bonitas, porém lendas, nas quais muita gente acredita literalmente (obviamente não é o caso aki, mas não se enganem, há pessoas que nelas acreditam piamente, muitas vezes mais perto do que imaginamos).

      Quanto à questão da Lei de Ação e Reação, entendi o que vc quis dizer, mas discordo do extrapolamento dela para além do mundo físico. E isso, tb ouvi de dois professres de física, um no ensino médio, e o outro das disciplinas de Física I, II e III, nos 3 primeiros períodos do curso de eng. elétrica (que foram os que eu fiz), nos 2 anos pré-odonto de minha vida…

      Pra terminar, gostaria de desfazer um certo equívoco muito comum. Quando Einstein disse: “Deus não joga dados” foi a maneira poética encontrada por Einstein para colocar em dúvida a teoria da indeterminância de Heisenberg, Einstein não era muito fã de alguns conceitos da Física Quântica Ele recusava-se a reconhecer que o futuro não fosse totalmente previsível.

      Agora, em uma carta com autoria certificada, Albert Einstein tb disse: “A palavra Deus para mim é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis” (http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/05/080513_einsteinreligiao_ba.shtml).

      Agora sim, finalizando, mais uma vez agredaço sua valiosa contribuição em toda essa discussão. Valeu, companheiro de cor!!!!!

  14. Marcão…nao queria, se assim o fiz (mas acho que não), fazer- me ser entendido mal. Sendo assim, assino embaixo do que o hobbit.ops.o alex disse.
    agora Alex…..para mim vc continua com a metodologia errada….mas tudo bem…pois a entendo (apesar de achar que se torna mais difícil o crescimento sobre algo pouco concreto. Sua visão de fé é totalmente simples e fácil: vc não tem fé pq não acredita e pronto(no caso em questão: haver a possibilidade de Deus). Mas aí me vem a pergunta: em que acredita ou pq não acredita?…..engraçado… assim que começamos…..então meu amigo.rodamos e chegamos ao mesmo lugar…no ZERO!?rsrsrs espero que não……
    Com relação a Einstein..vou me informar melhor sobre este texto Alex…na realidade….sobre o CONTEXTO dele……
    alex….Cara….to te achando um pouco sem estímulo…ou seus conhecimentos estão muito acima dos meus pois algumas coisas que eu disse vc nem sequer questionou por achar irrelevante ou vc está muito ocupado no momento para realmente avaliar minhas idéias…..Sem perguntas…não há respostas……rsrsr
    to ficando mjá meio sem graça…acho que não estou acrescentando mais nada entendeu!?
    Valeu meu

    • Cara, respeitosamente discordo. Acho que consegui explicar bem o que me levou ao ateísmo, o que considero ser ateu, o por que da necessidade de uma postura agnóstica em um debate, o meu conceito do que seria fé, etc. Obviamente não deu pra abarcar todos os pontos levantados em suas respostas, pois foram várias colocações, e acabei privilegiando a resposta a algumas e a outras não. My bad…

      Em que acredito? Não sei se conseguirei ser mais claro, mas já cheguei falar em alguma resposta por aí, acreditar só por acreditar não me satisfaz. Portanto, acredito em tudo aquilo que considero ter “sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis” que satisfaçam meu crivo lógico/racional, dando me um motivo para tal. E por isso reafirmo que não acredito na existencia de um deus pessoal, criador, interventor. Tb não vejo sentido em simplesmente nomear todo o equilíbrio de forças do universo com o nome de deus (definição citada por vc e utilizada por vários dos grandes pensadores da humanidade), pois pra mim o que se está fazendo é apenas isso, nomeando a própria estrutura do que existe.

      Mas vamos lá. Your move. Qual o seu entendimento sobre a existência de deus e o que te leva a acreditar nessa hipótese?

      Abraços

  15. Ah, e sobre a citação que fiz de Einstein, segue um site sobre isso: http://www.celebatheists.com/index.php?title=Albert_Einstein

    Concordo que pode não ser um site totalmente imparcial, visto o seu título, mas as frases nele contidas, em sua maioria, possuem referência da autoria dele.

    Abraço a todos.

  16. entrei aqui por indicação do Janderson e humildemente diante de tantos experts no tema apenas quero introduzir que sempre acreditei nessa força suprema, porem tenho tido momentos de extrema reflexao do porque e para que , se essa crença sempre é induzida em nossas mentes, sera mesmo que existe um Deus que seja tao onipotente que perdoe a tudo? Será que nao opitamos por essa situaçao apenas para que tenhamos algo a culpar por nossos erros ou para que guie os passos que realmente queremos dar e nao temos coragem? Desculpem a intromissao e obrigada pela atençao.
    Só me respondam se descobrirem se realmente ele existe?

    • Rachel, de forma nenhuma vc deve considerar sua contribuição como uma intromissão! Nãnãnã… Todo contribuição tem um peso enorme neste tipo de debate.

      Só faço duas correções: Experts? Que nada.. eu, por exemplo, sou só um palpiteiro, hehehe…
      E outra: não espere chegarmos aki à descoberta se ele (deus) existe…O debate pode ir longo, mas as conclusões tendem para u empate técnico, hehehe.

      “Será que nao opitamos por essa situaçao apenas para que tenhamos algo a culpar por nossos erros ou para que guie os passos que realmente queremos dar e nao temos coragem?”

      Em algumas discussões, já ou essa pergunta formulada de outras formas, mas com a mesma essência… Vejo que ao chegar nesse estágio de dúvida, 3 situações são possíveis (outras tb podem aparecer):
      1- Depois de muito refletir sobre o assunto, por algum(ns) motivo(s), o indagante acaba por se convencer da existência de um ser supremo, pondendo utilizar o nome que achar melhor, e geralmente aceita que toda a comlexidade desse ser talvez jamais seja compreendida, e se sente feliz e satisfeito com tal atitude.
      2- O caminho contrário tb é comum. Após muita reflexão, a pessoa chega a conclusão que não há motivos que o façam acreditar na existência de um ser supremo, seja ele qual for, e tb leva sua vida de forma feliz e satisfeita (nesse caso eu me incluo).
      3- Em um terceiro caso estão as pessoas que resolvem não refletir sobre a questão, e passam a continuar acreditando na existência de um ser supremo, mesmo que por inércia. (e aki incluo muitas pessoas com quem já conversei).

      Novamente quero reforçar que vc não deve perceber sua(s) contribuição(ões) como intromissão, mas sim como uma fonte de enriquecimento ao debate.

      Volte sempre.
      🙂

  17. Cara Alex, venho através desta apresentar algumas conclusões, um pouco decepcionantes confesso, sobre o debate até agora. Primeiro, vc não deixou quase nada de concreto sobre o que realmente pensa. Vc deixou apenas vagas respostas, baseadas em reflexões que vc não expos. sua metodologia é falha (como já disse antes) pq entra em contradição com o que pretendeu expor, dizendo coisas como “acredito em tudo aquilo que considero ter “sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis” que satisfaçam meu crivo lógico/racional, dando me um motivo para tal.” ou “ter fé é crer em algo (seja lá o que for) sem que hajam sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis que o fundamentem; e não crer nesse algo (ou crer na negativa do algo) significaria não ter fé nisso (e não ter fé na não existência)…”
    Cara, isto DE MANEIRA ALGUMA, ABSOLUTAMENTE, IRREVOGAVELMENTE, é argumento para aquele que se diz ateu…para ser ateu, tem que acreditar que é…pois não há prova para afirmar isso (como tb já disse antes). Vc tem, achando ou não, querendo ou não, FÉ…deixa eu escrever de novo….FÉ que um dia Deus será “destruído” por “sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis”…etc….etc….
    Com o respeito devido a vc, sem querer ofender de forma alguma a vc ou a qualquer simpatizante do ateísmo (engraçado…este “ismo” no final é o mesmo ‘ismo’ de cristianismo, catolicismo, protestantismo, espiritismo…será pq!?) não responderei sua pergunta ou continuarei este “confronto de idéias” (bonito isso) sem antes realmente ver um critério melhorado e a mais aprofundado de sua parte. Não estou aqui, pode ter certeza, para mudá- lo de idéia mas sim por um motivo bem maior…encontrar alguém que consiga se mostrar realmente ateu…coisa que infelizmente, por pequenas contradições vc, ainda, não conseguiu mostrar.
    Por te conhecer e saber que és capaz intelectualmente de re- elaborar seus textos com relação a algo tão abrangente quanto é a palavra Deus (que óbvio meu caro, tem muitos significados) espero ver mais clareza em ” acredito em tudo aquilo que considero ter “sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis” que satisfaçam meu crivo lógico/racional, dando me um motivo para tal.”
    Sempre estive um passo à sua frente e sempre soube quais seriam suas respostas para as perguntas que eu fiz mas esperava respostas mais elaboradas (me decepcionei até agora)
    Não quero que mude sua postura, sua posição, sua CONCLUSÃO meu caro amigo e sim que me apresente convicção, solidez em do PORQUE destas conclusões…apenas isto.
    Já passei por debates deste tipo algumas vezes e confesso que vc tem potencial (muito por sinal)
    para este tipo de “confronto”…..mas amadureça um pouco mais o CONTEXTO ok!?
    Assim que eu conseguir enxergar vc realmente como um ateu (coisa que tive o prazer de sentir realmente em apenas uma pessoa até hoje)..responderei sua pergunta e terei o maior prazer em sempre entrar neste “ringue” com vc…onde, depois de todos os ‘rounds’ prazerosamente o resultado será um “empate técnico”.
    Respeitosamente…..
    Janjão
    OBS= em relação ao texto do Einstein ainda não tive tempo de estudar todo o contexto…mas me surpreendeu a postura dele (até então)….

    • Fala Janjão…

      Cara, acho que vc tirou algumas conclusões improcedentes.
      Em momento algum disse acreditar que a crença em deuses será destruída por “sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis”… o que eu disse, e volto a afirmar, é que não vejo “sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis” da existência de deuses de qq tipo, por isso não acredito em tal existência. E volto tb a defender a definição que dei para a palavra “FÉ”, gostaria que vc fizesse o mesmo para entender qual a sua visão da mesma.

      Vc afirma que minhas colocações são vagas e contraditórias, mas em momento algum apresenta argumentos para tal percepção. Seria interessante fundamentar sua afirmação, para assim tentarmos chegar a um consenso do que seria um argunto bom ou um argumento ruim. É realmente uma pena que minhas respostas e posições não tenham passado pelo seu critério de forma a garnatir o debate, mas continuo sem entender o porquê disso.

      Reafirmo que não acredito na existência de deuses exatamente porque não há nada no mundo que me apresente provas, ou evidências, ou fundamentos, que me façam pensar de forma diferente; se isso não está suficiente para que eu seja visto “realmente como um ateu”, afastando-te da discussão, é uma pena. Não vou perguntar novamente o que te faz acreditar na possibilidade da existência de um deus em particular, nem sobre sua visão do que seria esse deus; essas pergunta foram feitas antes, uma pena que vc parece não pretender responder… Agora eu que tô com a pulga atrás da orelha acerca de suas convicções 🙂

      Sobre o ‘ismo’ do ateísmo, tb é o mesmo ‘ismo’ de ceticismo, capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, imperialismo, colonialismo, marxismo, etc… “(…) É uma filosofia ou um modo de ver o mundo ou determinado problema. Há tantas definições de “ismos'” quase quantos “ismos” há. Cada um tem seu contexto histórico em que surge e se desenvolve (…)”
      Ou seja, sua comparação ateísmo/(cristianismo, catolicismo, protestantismo, espiritismo) tem pouca ou nenhuma validade… é apenas uma construção gramatical de uma palavra.

      Ainda estou completamente aberto a debates sempre q desejar.

      Abração, meu caro amigo!!!

  18. O meu Deus…dê- me calma nesta hora… O hobbit atrevido, não distorce minhas palavras pf. Primeiro: Foi vc quem disse que precisa de “sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis” para se acreditar em Deus…não eu. Segundo: Se vc é ateu pois suas palavras são: não vejo “sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis” da existência de deuses de qq tipo, por isso não ACREDITO em tal existência….ENTÃO PROVE…MAS COMO VC MESMO JÁ AFIRMOU….NÃO TEM COMO PROVAR…ENTÃO NO MÁXIMO VC É UM AGNÓSTICO COM TENDENCIAS AO ATEÍSMO…pois para ser um ateu PURO…100%…. terá que admitir que vc tem FÉ. Isto não se discute mais. Até agora, discordo que eu não tenha dado nenhuma prova da existência de Deus…. todo aquele bagulho de energia é um exemplo de como pode- se explicar Deus através da ciência, como vc mesmo disse que muitos cientistas assim tb acreditam. Vc simplesmente continua sem argumentos sólidos, pois os poucos que colocou em prova foram rebatidos ( o que não aconteceu com várias e várias colocações que eu coloquei, como: acredito que vc é muito mais cristão que muitos evangélicos que eu conheço…e várias outras.) Dei uma explicação detalhada de uma das inúmeras maneiras de se ‘explicar’ o inexplicável…e é muito interessante que vc não percebeu que chegamos ao equilibrio meu amigo..ao ZERO….(não me decepciona Alex!!!!!). Como vc está com uma pulga atrás da orelha…vamos usar um vermifugo nela…..mas sua pergunta: “entendimento sobre a existência de deus e o que te leva a acreditar nessa hipótese?” extremamente vaga……deduzo com isso que vc queira inverter o jogo……..vc joga a “isca” e tenta me pegar em contradição da mesma maneira que eu fiz contigo. Beleza…..Aceito o desafio…….. vamos ver no que dá……. até o final deste feriado terás minha resposta…… Mas já deixo claro que provavelmente iremos longe nisso…da ficção à realidade (e vice- versa), da fé à razão (e vice- versa), do átomo à infinidade do universo (e vice- versa), de “frases feitas” à conclusões pessoias (e vice- versa), do ‘enfrentamento de forças ao equilíbrio…ao zero (e…..não… aí não tem vice- versa meu caro…srsr)
    reispeitosamente…janjão
    OBS= aumentou as visitas ao seu blog por causa do debate!? Tenho curiosidade em saber se há outras pessoas interessadas mas, às vezes, com receio de expor suas idéias…

    • Janjão, meu caro, vou começar pelo fim. Sobre sua pergunta em relação às visitas no blog… Bom, na verdade, acho que podemos dizer que estamos quase em um diálogo aki, hehehe… e com poucos ‘expectadores’. As visitas no blog dão uma subida qdo escrevo algum post novo e aviso isso lá no orkut e no twitter. As visitas rotineras giram em torno de 4-5 por dia.

      Continuo discordando de vc em relação a seu conceito de agnosticismo e ateísmo. São posiçoes filosóficas diferentes e, continuo me colocando como ateu, discordando ainda do seu conceito da palavra ‘fé’. Ainda vejo diferença entre NÃO acreditar na existência de algo (meu caso em relação às divindades) e acreditar na INexistência desse mesmo algo. Utilizando uma analogia bobinha mas válida: eu e vc não acreditamos na existência do pégaso, o que é diferente e dizer que acreditamos na sua inexistência (confusa essa diferença, né?).

      Tb discordo qdo vc diz que “todo aquele bagulho de energia é um exemplo de como pode-se explicar Deus através da ciência”… absolutamente, meu caro. O fato de haver equilíbrio entre as forças existentes no universo apenas indica que seus valores neste universo conduzem a tal equilíbrio. Simples assim. Não há a necessidade de se criar um ser, uma entidade que mantenha esse equilíbrio harmoniosamente. E nomear esse equilíbrio de ‘Deus’, ou de ‘nirvana’, ou de ‘grande arquiteto do universo’, ou seja o que for, não leva a lugar nenhum (pelo menos na minha opinião), pois dessa forma apenas está se nomeando algo que não precisa de nome. Por isso não acho que meus ‘poucos argumentos’ tenham sido rebatidos.

      Tb não é minha intenção jogar uma ‘isca’ e ‘te pegar em contradição’, e nem acho que vc tenha feito isso comigo, pois ainda acho que não há contradições no que eu venho escrevendo (talvez vc as tenha visto, mas isso não quer dizer que elas estejam realmente lá). O ‘desafio’ que deixei pra vc não é um desafio. Só quero entender, pois vc ainda não deixou claro pra mim, qual a visão de Deus que vc tem. Não ficou claro pra mim se p papo de forças, energias e equilíbrio que vc escreveu é a sua visão de Deus. Ou se a sua visão é de um ser supremo que rege o universo. Ou de um ser supremo que toma conta de nossas vidas e as direciona para determinados caminhos. Portanto, não é um desafio e nem uma tentativa de fazer vc cair em contrdição. É só curiosidade mesmo, pra saber exatamente no que vc acredita e por quê.

      Concordo que deixei muitos pontos passarem em branco para poder responder outros. Quem sabe podemos retomar alguns? Até pq tô gostando bastante do nosso diálogo-quase-sem-plateia, hehehe.

      Vc afirmou que me ‘considera muito mais cristão que muitos evangélicos q vc conhece’… Bom, obviamente não posso deixar de levar isso como um elogia. Embora eu discuta muito o que seria ‘ser cristão’… Os ensinamentos atribuídos àquele camarada chamado Jesus de Nazaré (caso ele tenha existido, e acredite, meu caro, essa hipótese não é bem um consenso) são, realmente, extremamente éticos e morais, em sua maioria. Porém a ética e a moralidade que em mim residem (acredito ser esse o motivo de seu elogio) são desvinculados de uma posível postura ‘cristã’. A grande maioria dos valaores ético-morais independem de religião, como vc bem deve saber.

      Retomando meu primeiro parágrafo, mesmo que sejamos apenas nós dois a escrever e a ler todas essas linhas, pode ter certeza que, pelo menos da minha parte, está valendo muito a pena.

      Abração, meu caro.

  19. Olá Alex,

    adorei ver alguém expor sua vida dessa forma sem vergonha para sustentar seu ponto de vista. E fez isso esplendidamente, parabéns!

    Porém, não entendi por que não simplesmente duvidar de tudo que há, ao invés de radicalmente aderir ao oposto; à creça no nada além da matéria?
    Afinal, não há provas, mas há muitas suspeitas e acontecimentos inexplicáveis. O que achas?

    • Olá Carol.
      Obrigado pelo elogio, pela visita e principalmente pela contribuição.

      Não entendi bem sua colocação. Como assim ‘duvidar de tudo que há”? É claro que não temos respostas pra tudo ainda, e talvez para algumas coisas jamais as teremos… Porém, algumas coisas já estão além da dúvida devido ao conhecimento acumulado, revisto, experimentado, evidenciado, provado.

      Por exemplo, podemos até não entender completamente as leis da gravitação universal, da relatividade e da física quantica… Mas o fato de estarmos nos comunicando pela internet, de eu estar falando ao celular e de estar assistindo um documentário transmitido via satélite pela Sky nos dão alguma certeza de que grande parte do que sabemos sobre como o universo funciona é verdadeiro.

      Sobre ‘suspeitas e acontecimentos inexplicáveis’, bom, talvez estes não tenham sido analisados a fundo, imparcialmente, de forma a serem contruídas hipóteses que comecem a desconstruir sua ‘inexplicabilidade’ à luz das leis naturais que conhecemos.

      • O que quis dizer, na verdade, foi que fiquei surpresa, pois primeiramente eras crente que havia algo de imaterial no mundo, então resolves mudar radicalmente. Aí me vem a pergunta: O que faz alguém mudar para o lado oposto, por que não apenas permanecer no ‘duvidar das coisas’?
        Enfim, não é muito importante, só me veio em mente quando li sua auto-biografia, pois já tentei um dia cortar as ligações com todo tipo de crença e não consegui passar nem da primeira etapa de ‘aceitação’ ^^ então de certa forma é admirável tal atitude…., mas, é claro, dúvidas e desconfianças sobre as explicações muitas vezes idiotas sobre o invisível que tentam nos empurrar todos dias, ainda são muitas!

  20. Carol, entendi seu ponto de vista.

    Por que não apenas permanecer na dúvida?

    No meu caso em particular, simplesmente porque se assim o fizesse, continuaria me sentindo em um estado de inércia, visto que a crença na existência de uma determinada divindade não trazia nada demais ao meu ser… assim como a crença há muito perdida na existência do Papai Noel e no Coelhinho da Páscoa, mitos e fantasias muito bonitas que contamos a nossas crianças, mas que são apenas isso, mitos e fantasias…

    Não é o caminho que todos fazem, e nem vou aki afirmar que se deve fazê-lo ou não… mas foi o que eu fiz…

    Novamente agradeço sua colaboração.

    Um abraço.

    • Agora sim nos entendemos e vi as coisas mais claras! Você tem razão, todos tomam a decisão por um lado, nem que seja de ficar em cima do muro, como fico, muitas vezes…
      O que fortalece, mesmo, é encontrar blogs ou sites como o seu, é como uma dose de vitaminas a um doente, na luta da guerra da vida….
      ité!

      • Olá Carol.

        O texto a seguir tb ajuda um pouco a evoluir nesse tipo de debate:
        http://www.interney.net/blogs/gravataimerengue/2010/02/19/ninguem_escolhe_ser_ateu/#

        Abs

      • Olá, primeiramente peço desculpas pelo sumiço, mas como bem sabes, estava comalguns probleminhas pessoais. Primeiramente:

        À Carol: meu bem, bacana vc dar crédito ao nosso amigo, coisa que tb semre fiz, por isso aqui estou, mas ao ler sua colocação de ser “radicalmente oposto”….radicalmente não…… nada radical é bom. rsssrss.
        E aí Alex!?
        Vamos à resposta para a pergunta.
        Qual o seu entendimento sobre a existência de deus e o que te leva a acreditar nessa hipótese?
        Vamos começar com uma frase antiga, porém bastante inteligente:
        “Se penso, logo existo”
        E também com uma historinha :
        “Dois amigos, um neurocirurgião e um astronauta, ambos sendo reconhecido mundialmente pelos seus feitos, se encontram depois de décadas sem se verem. O astronauta, “ateu”. O neuro, ‘monoteísta”. O astronauta diz com um tom meio sarcástico: fui ao céu meu amigo e não vi há (de existir mesmo) Deus. Aliás, se não me engano, Luis Armistrong disse isso realmente…mas voltando à história: O neurocirurgião, dá uma risadinha…bebe um gole de pinga de Ipanema…e responde: Meu caro amigo, já fiz várias intervenções em centenas de cérebros, conheço cada parte de um cérebro humano como a palma de minhas mãos, conheço cada sinapse nervosa que sai dali, sua bioquímica e biodinâmica como poucos……mas Tb nunca vi nenhum uma coisa: Nunca vi nenhum pensamento”
        Bem, voltando á frase exposta, existir, dentre tantas definições, pode ser definido como “Ser num dado momento ou atualmente; viver”; “Estar, haver”. E existência (palavra em sua pergunta), “O fato de existir”.
        Bem, um pensamento vem do ato de pensar…mas não o vemos. Nem por isso ele não existe é claro. Parece bobo este início, mas abre um pouco mais a mente para a idéia de se acreditar em algo que não vemos. E não me venha com aquele(“sólidas evidências verificáveis/reproduzíveis/observáveis) blá blá blá que pensamento é definido cientificamente….eu sei e vc sabe que eu sei que vc sabe que eu sei….ixi…..rsrsrsr. Mas é só uma palavra, apenas isso, que define alguma coisa que não vemos mas que sentimos. Deus… Tb é só uma palavra que cientificamente pode sim ser usada para definir todo o TEXTO exposto por mim até agora. Mas isso só depende de vc mudar o CONTEXTO para analisar desta forma.
        Bom, como vc é mais inteligente do que isto, e consequentemente não se satisfará, vamos aprofundar o assunto, mas desta vez vamos ir por outro caminho; filosofia (aí sim, precisaremos de muita erva do Brow, mas das boas). Mas isto vai no próximo texto, bem mais extenso do que este no por sinal que espero acabar até o próximo final de semana.

  21. olha eu novamente aqui, ao que me parece até aqui o janderson tenta apresentar seus pontos de vistas defendidos por teses e obviedades acentuadas e vc apenas apresenta que não quer crer apenas por crer como todo o resto do mundo. Eu em resposta as 3 provaveis situaçoes que colocou em minha indagação me coloco na 2ª ja acreditei e hoje nao me considero mais tao crente nestas obviedades( nem sei se existe esta palavra mas como dona do meu nariz posso criar o que quiser), porem quero acreditar, nao quero ser nem cetica nem agnostica, quero ter uma razao pra crer, e quanto a biblia penso como dito acima, é um livro de historias e foi escrita por homens que viram e ouviram, entao o papel aceita tudo. continuo querendo saber: porque somos obrigados a crer naquilo que nao vemos, sentimos ou qualquer atribuiçao que queiram dar?
    abraços

    • Rachel,

      Para algumas (muitas) pessoas, todo tipo de crença em seres sobrenaturais é consequencia direta do cérebro altamente desenvolvido moldado pela seleção natural em nossa espécie, assim como a linguagem, o raciocínio e a imaginação. Talvez, nesse sentido, nós sejamos “obrigados” a crer em coisas q não vemos…

      Entretanto, a beleza do ser-humano está exatamente aí: sabemos hj que não somos obrigados a crer (ou não crer) em nada que não vemos (ou vemos) e que sentimos (ou não sentimos)… a conclusão a que cada pessoa chega sobre esse tipo de assunto deve ser buscada pela própria reflexão, e não apenas ser baseada no que podemos ver, ouvir, sentir…

  22. Janjão,
    primeiro um observação sobre a “historinha”:
    1- esse austronauta deve ter fraudado algum teste da NASA… ninguém minimamente inteligente acharia que veria algum deus no céu, no sentido literal da palavra céu. E se Armistrong realmente falou algo assim (não lembro se ele disse mesmo ou não) foi uma colocação extramanete infeliz.
    2- sobre o neurocirurgião… e ele realmente esperava achar algo? Hahaha.. o fato de o pensamento existeir e não poder ser visto é um argumento que ele teria pra justificar que o deus dele existe e tb não pode ser visto? Ora, ora…
    As fábulas, geralmente, têm alguma mensagem interessante para passar, mas essa aí passou longe disso, ela fica mais no ‘Argumentum ad Ignorantiam’; Se “ausência de evidência não é evidência de ausência”, tampouco a “impossibilidade da falseabilidade é a evidência da existência”.

    Sobre o uso da palavra deus como vc citou em sua primeira resposta (“nada mais, nada menos do que toda esta energia que tende a nos levar à um equilíbrio”), bom, aí deve-se separar se essa visão é deísta ou panteísta.

    O deísmo, pra mim, é uma “versão suavizada” do deus judaico-cristão-islâmico, que perde muitos dos poderes atribuídos a ele, aparentemente para adequar a crença na existência de um determinado deus ao que sabemos hj sobre o Universo (pra resumir: existe um deus criador do Universo, mas este não interfere no mundo)…

    Já o panteísmo identifica deus como sendo o próprio Universo, e essa concepção me parece bastante com o que vc escreveu… Mas, na minha opinião, dessa forma apenas se está nomeando o Universo, ou as forças q o regem, com uma palavra que carrega um forte significado emocional… só.

    E concordo com vc de que a discussão irá enriquecer ao trilharmos um caminho voltado pra racionalidade, pra lógica, pra filosofia, pro pensamento…

    Só espero que não discutamos a possibilidade de existência de um deus antropomórfico… pq, se assim for, termos q discutir todos eles: Cronos, Zeus, Ares, Odin, Thor, Amon-Rá, Taweret, Horus, Javé (Yahweh), O Grande Unicórnio Cor-de-Rosa ou o Monstro de Espaguete Voador… e por aí vai…

    E pra retomar um ‘provocação’ sua, sobre a suposta existência do homem (carne, histórico) Jesus de Nazaré, lanço outra provocação pra uma posterior discussão: “exaustivos trabalhos cientificamente comprovados”… desculpe, mas vou confessar minha ignorância e dizer que desconheço trabalhos sérios e cientificamente comprovados q comprovem tal existência…
    Naquela época pipocavam profetas e pretensos messias (isso sim historicamente documentado), e a fábula bíblica de Jesus foi claramente copiada de outras fábulas anteriores (tb históricaente documentado) e teve episódios adaptados para se ajustar às antigas profecias do Antigo Testamento. Tais fatos me fizeram começar a duvidar da certeza sobre a real existência desse homem que constumamos chamar de Jesus de Nazaré e que está descrito nos evangelhos (seja natural, seja sobrenatural)… Uma sólida (embora extensa e cansativa) argumentação pode ser encontrada em: http://ceticismo.net/religiao/a-maior-farsa-de-todos-os-tempos/

    Ufa…

  23. Meus amigos, estamos neste debate sobre a existência de Deus. Para mim crer nessa existência ou não está intimamente ligada a experiências pessoais de cada um onde confirmamos essa a existência de Deus não só em nossas vidas, como em todas as coisas e em todo o universo. Já disse Jesus de Nazaré (que o Gabiru questiona tb se tivesse existido ou não, eu acredito piamente que ele existiu pois ele ainda é lembrado nos dias de hojes e é o verbete mais pesquisado e acessado no Google, acho q só isso já diz a grandiosidade de sua pessoa e de sua mensagem que dura até os dias de hoje, e cá pra nós para uma pessoa q não existiu ser lembrada após aproximadamente 2000 anos já é um argumento e tanto para acreditar na sua existência. “Passarão céus e terras, mas minhas palavras não passarão.”): “Aquele que tiver olhos de ver, que veja e aquele que tiver de ouvidos que ouça”. Ou seja, exprime que nada mais nada menos do que nossas experiências nos desenvolvem esses olhos de ver e ouvidos de ouvir.
    Esse debate me lembra muito um outro (não quero desviar o tópico do debate gerando um novo debate) que como espírita tenho de vez em quando com pessoas dispostas a um bom debate como as q aqui estão, que é a crença na vida após a morte e tb na reencarnação, por experiência própria é difícil vc fazer uma pessoa “enxergar aquilo que vc enxerga” principalmente se a pessoa se esconde por trás de uma couraça do tipo : “Me convença”. Temos que analisar os fatos racionalmente, sem fanatismos e isentos de quaisquer julgamentos pré-concebidos para que possamos chegar a um consenso em um debate (se é que isso seja possível rs rs rs)
    Mas voltando ao debate de Deus deixo aqui uma simples e singela historinha, mas que nos leva a uma profunda reflexão, talvez vcs até já a conheçam….

    “”Um certo dia, a professora querendo saber se todos tinham estudado a lição de catecismo, perguntou as crianças quem saberia explicar quem é Deus?

    Uma das crianças levantou o braço e disse:

    – Deus é o nosso pai, Ele fez a terra, o mar e tudo que está nela; nos fez como filhos dele.

    A professora, querendo buscar mais respostas, foi mais longe:

    – Como vocês sabem que Deus existe, se nunca O viu?

    A sala ficou toda em silêncio…

    João,um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse:

    – A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs, eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do leite, mas se ela tira, fica sem sabor.

    Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se Ele sair de perto, nossa vida fica…sem sabor.

    A professora sorriu, e disse:

    – Muito bem João, eu ensinei muitas coisas a vocês, mas você me ensinou algo mais profundo que tudo o que eu já sabia. Eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida!

    Deu-lhe um beijo e saiu surpresa com a resposta daquela criança.”

    A sabedoria não está no conhecimento, mas na vivência de DEUS em nossas vidas, pois teorias existem muitas, mas doçura como a de DEUS não existe ainda, nem mesmo nos melhores açúcares …”

    Espero que todos nós sempre possamos nos lembrar um do outro, e que sempre possamos entender que na vida, necessitamos muito de Deus e de nossos amigos para continuar….

    Um abraço amigos e espero que tenha contribuiído frutiferamente para o desenvolvimento dessa debate.

    • Olá Marco.
      Como vc bem deve saber, e outras pessoas q qaki aparecem tb devem saber, esse tipo de debate raramente chega a um consenso sobre a existência ou a não existência de quaiquer deuses. Podemos, no máximo, chegar ao consenso que a opinião de cada um é reflexo (em algumas situações) de conclusões tiradas por cada indivíduo. Mas sobre a hipótese da existência de deuses, acho difícil um consenso. E por quê?

      Ora, vc pode argumentar que “Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se Ele sair de perto, nossa vida fica…sem sabor.”. Eu vou dizer: besteira. A ideia da existência de deuses foi criada em nosso cérebro de primata desenvolvido nos primórdios da evolução do Homo sapiens, aparentemente como um subproduto da nossa inteligencia e imaginação, talvez com a principal função de explicar os fenômenos da natureza que eram observados, porém pouco entendidos. Ao longo do tempo as crenças foram se desenvolvendo e ganhando complexidade à mesma medida que nossa cultura crescia tb em complexidade. Vários sistemas de crença foram criados, destruídos, adaptados, evoluídos, involuídos, suavizados, radicalizados e, dessa forma, chegamos hj às diferentes visões de deuses que existem espalhadas pelo mundo.

      Todavia, o fato de algo persistir como parte integrante da cultura dos povos não faz com que necessariamente esse algo seja verdade. Durante muito tempo, acreditava-se que os negros eram inferiores aos brancos, hj não mais (pelo menos em grande parte do mundo); já acreditou-se que as mulheres eram inferiores aos homens, hj não mais (novamente, pelo menos em grande parte do mundo); durante séculos acreditou-se na literalidade das histórias da Bíblia (ou da Ilíada e da Odisséia, ou do Alcorão, ou dos Vedas), hj em dia não mais (pelo menos entre pessoas esclarecidas). Pois bem, tudo isso que citei sabemos não ser verdade, e aplico o mesmo raciocício pra existência de qualquer deus. Só porque se acredita nesse tipo de coisa há muito tempo, e só porque as pessoas querem muito muito muito que seja verdade, não dá a essa hipótese o carimbo instantâneo de “verdade”.

      Aproveitando o gancho, não que eu esteja afirmando que não existiu um revolucionário chamado Jesus de Nazaré, que viveu há aprox. 2000 anos na região da Galiléia dominada pelo Imperio Romano, afirmo sim q quase tudo o que foi escrito sobre ele (evangelhos) não passa de mitologia. Mas tampouco aceito o argumento de que ele, sem sombra de dúvidas, existiu “pois ele ainda é lembrado nos dias de hojes e é o verbete mais pesquisado e acessado no Google, acho q só isso já diz a grandiosidade de sua pessoa e de sua mensagem que dura até os dias de hoje, e cá pra nós para uma pessoa q não existiu ser lembrada após aproximadamente 2000 anos já é um argumento e tanto para acreditar na sua existência.”. Exatamente pelo oposto acima, esse tipo de argumento não se sustenta (na minha opinião). O fato de bilhões de pessoas acreditarem na sua existência, não faz com q ele realmente tenha existido. O mito da sua existência foi propagado por textos escritos anos depois de sua suposta morte e por pessoas que talvez nem chegaram a viver na mesma época de sua suposta existência. A literatura humana está abarrotada de mitos (“O mito procura explicar os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis”), e esse me parece apenas mais um. Obviamente posso estar errado, mas pelo menos por enquanto nada me leva a concluir que o Jesus de Nazaré sobre o qual se fundamentam as religiões cristãs realmente tenha existido.

      E pra terminar, NÃO, minha vida não é sem sabor pelo fato de eu não acreditar na existência do deus cristão. Isso é uma balela que beira o preconceito. E nem aceito a ideia de que se eu sou feliz é pq Deus está no meu coração, mesmo que eu não acerdite em sua existência. Pra mim, isso é blablabla, mimimi…

      Chego à “ousadia” de dizer que estou mais feliz hj do que já estive em toda a minha vida. E digo (escrevo) isso com a mesma certeza que tenho pra encher a boca (no caso aki, os dedos) e declarar que SIM, sou ateu SIM, não acredito na existência de nenhum deus, e SIM, sou feliz sem essa fantasia na minha vida.

      Abraço

  24. Creio eu que se DEUS fosse mentira eu tbem seria….
    Nem tudo que não se vê significa que não exista…..
    Se nós soubermos que estamos presos a algo que procure preencher uma carcaça vazia no nosso coração talvez vivessemos em maior paz…….
    o problema eh o nosso imediatismo e a nossa forma de viver ……..
    pq DEUS quer que sejamos bons e cumprirmos com alguma lei que ele impos…
    Mas o mais facil eh não acreditar… se vc nao acredita em algo e não busca algo pra acreditar e preencher o vazio no seu coração vc eh fraco e comodista……….
    Busque saber algo sobre DEUS, não deduções e nem teses mas testemunhos de mudanças reais….
    Só pq um pastor rouba ali e aqui não quer dizer que DEUS não exista o ser humano em seu todo eh falho nossa inteligencia eh tão pouca que nos faz pensar que sabemos tudo…….
    ABRAÇO
    DEUS ABENÇOE

    • Olá Dreyfus. Obrigado pela contribuição.

      Toda sua argumentação baseia-se na premissa inicial de que existe uma deus antropomórfico que rege nossas vida, típico argumento circular. Porém, o desejo (e a sensação) de que esse deus exista, não faz, necessariamente, com que a alegação seja verdadeira.

      “Nem tudo que não se vê significa que não exista”. Concordo. Não vemos (diretamente) os quarks, mas sabemos que eles existem. Por outro lado, não vemos os unicórnios, mas sabemos (pelo menos eu sei) que eles não existem. Assim, essa sua frase não diz nada.

      “Mas o mais facil eh não acreditar… se vc nao acredita em algo e não busca algo pra acreditar e preencher o vazio no seu coração vc eh fraco e comodista”. Discordo completamente. É muito fácil acreditar que vou continuar a viver depois que eu morrer. É muito fácil acreditar que há um deus que me ama e toma conta da minha vida. Todavia, repito, o fato de vc (e bilhóes de pessoas) acreditar nisso não faz com que seja verdade. Vc diz que tenho um vazo dentro de mim. Mas vc nem me conhece para afirmar tal coisa. Minha vida é extremamente feliz e tenho estado muito satisfeito com ela. E, do meu ponto de vista, acreditar absolutamente sem nenhum tipo de evidência real em um deus vigilante, cuidador e provedor é o tipo de atitude que demonstra fraqueza e comodismo, não o contrário.

      “nossa inteligencia eh tão pouca que nos faz pensar que sabemos tudo”. Exato. E essa pouca inteligencia que procurou, a longo da evolução da nossa cultura, procurar explicações para os fenômenos da natureza. E na falta de explicação melhor para o que víamos acontecendo a nossa volta, inventamos deuses, semi-deuses, anjos, demônios, etc. Para cada explicação científicamente plausível para determinado fato natural, um ser fantástico caia em esquecimento. E, geralmente, quem afirma que “sabe de tudo (ou quase)” são as pessoas religiosas, que se contentam com explicações rasas e infantis encontradas em livros, histórias e dogmas mitológicos, não o contrário. Eu sei que não sei de tudo. E sei que morrerei sem saber de tudo. Mas, acreditar sem qualquer sombra de evidência em um deus mitológico, seja ele qual for, não me traz nenhum conhecimento adicional.

      Se vc precisa da crença em um deus para preencher um possível vazio em sua vida e viver em paz, meu caro, só posso ter pena de vc. Minha felicidade é completa, sou uma pessoa boa e de paz, empático e companheiro, tudo isso sem precisar crer em uma divindade que em nada difere de qualquer outra invenção mitológica.

      Um abraço

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